07 fevereiro 2014

Resenha: "Perdão, Leonard Peacock"



Título original: Forgive me, Leonard Peacock
Gênero: Romance
Autor: Matthew Quick
Ano: 2013
Editora: Intrínseca


Nota pessoal: 3/5 

Citação Favorita:
“Primeiro eles o ignoram, depois riem de você, em seguida lutam com você, e então você ganha.”


Personagem favorito: Herr Silverman. Ele é o tipo de pessoa que faz a diferença, pouco se importando para as regras e convenções, ele está sempre disposto a ajudar e mostrar que está ali para o que for preciso. Herr é professor de Leonard e são justamente os pequenos atos no cotidiano que me fez escolher ele, sempre mantendo contato com cada um de seus alunos, sendo ele retribuído ou não.





Crítica:

Comprei esse livro na bienal do livro (RJ – 2013), junto com “O lado bom da vida” do mesmo autor. Pois ele veio ao Rio de Janeiro nesse evento e eu queria muito o meu exemplar autografado. Depois de alguns meses que eu tinha os dois livros autografados e conhecia o autor pessoalmente, fiquei me perguntando: Como assim nunca li um livro dele? Não podia dizer absolutamente nada além do fato de ele ser uma pessoa muito simpática. Rsrsrs. E isso estava me incomodando bastante. Como a Tatiane (aqui do literárias) já tinha lido “O lado bom da vida” e resenhado, resolvi ler “Perdão, Leonard Peacock”.
E agora posso dizer do autor e que é o Matthew Quick. Depois de ler “Perdão, Leonard Peacock” e conversar com pessoas que tinham lido “O lado bom da vida”, ficou muito claro para mim que o Matthew não é escritor de um livro só. A forma com que ele narra à história (na voz de Leonard) nos faz a todo o momento acreditar que história e personagens são reais, além da vontade quase incontrolável de espiar a ultima página para saber logo qual seria o desfecho da história.
O livro narra à história de Leonard Peacock um adolescente de 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio e não tem a menor intensão de entrar para faculdade, pois no dia de seu aniversário ele planeja matar seu ex-melhor amigo e se matar logo em seguida, livrando o mundo de sua existência.
O livro é triste e melancólico, o que já é de se esperar devido ao fato que é narrado. Leonard é um menino triste e solitário, sem amigos e com uma mãe completamente ausente. Ele tem uma perspectiva cínica e irônica e está sempre preparado para esperar o pior devido a decepções sofridas durante sua infância, ele guarda segredos profundos e dolorosos que confesso ter me chocado, pois nunca esperei por isso. Além de ser pouco carismático, o que me da raiva às vezes. É muito triste vê a forma em que ele vive, pois eu não consigo me ver sem amigos e isso é extremamente importante, principalmente para adolescentes. Mas para uma história como esta. Leonard é o protagonista perfeito, ele é um personagem profundo, marcante e sensível, com um lado emocional muito bem escrito e desenvolvido.
O livro conta ainda com algumas notas no rodapé da página bem legais, com coisas que já aconteceram ou coisas que ele imagina. A história me faz refletir, pois nos mostra em detalhes do que é capaz a mente humana quando não temos nem ao menos uma família para nos dar afeto, além de fazer uma dura crítica a sociedade de como é difícil ser diferente.

“Vocês todos estão usando mais ou menos o mesmo tipo de roupa. Olhem ao redor e verão que é verdade. Agora, imagine que você é o único que não usa uma marca legal. Como isso faz você se sentir? O raio da Nike, as três listras da Adidas, o jogadorzinho de polo em cima do cavalo, a gaivota da Hollister…”,

Como disse na coluna Liaté a página 100 e... desse mesmo livro, alguns capítulos são cartas do futuro que incentivam Leonard a continuar vivo e a existência dessas cartas são explicadas na página 102, a explicação de deixou surpresa e feliz, pois não esperava essa explicação, mas ao mesmo tempo é uma explicação lógica, o que me deixa feliz, pois torna essa obra ainda mais real.



Curiosidades:



Matthew Quick era professor na Filadélfia, mas decidiu largar tudo e, depois de conhecer a Amazônia peruana, viajar pela África Meridional e trilhar o caminho até o fundo nevado do Grand Canyon, reviu seus valores e, enfim, passou a dedicar todo sue tempo à escrita. Ele, então, fez MFA em Creative Writing pelo Goddard College e voltou para a Filadélfia, onde mora com a esposa. As obras de Quick j´pa foram traduzidas para mais de vinte idiomas e lhe renderam críticas elogiosas e menções honrosas importantes, entre as quais a do PEN/Hemingway Award. O lado bom da vida foi adaptado para o cinema e premiado com um Oscar em 2013.
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. Ah,estou ainda mais empolgada para ler ♥ gosto muito do estilo melancólico hehe
    quem me dera ter um autografo *o*
    beijos
    http://imemoriavel.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Eu gostei bastante desse livro e me surpreendi positivamente... E o autógrafo foi relativamente tranquilo de conseguir porque 90% das pessoas ficaram na confusão para conseguir entrar para o Nicholas Sparks, mas como eu tinha desistido fui para fila da intrínseca e eles distribuíram antes... E na sorte consegui o autógrafo dos dois!! :D

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  2. Hullo!
    Ai, parabéns por você ter conseguido conhecer/receber o autógrafo do Quick.
    Eu já conhecia as resenhas de O Lado bom da Vida, mas nunca tinha lido nada sobre Perdão, Leonard Peacock. E estou bem mais instruída sobre ele , e agora pretendo lê-lo. Ótima crítica.
    Beijos

    http://leituraassidua.blogspot.com

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    Respostas
    1. Conhecer ele foi bem legal!
      Realmente, o lado bom da vida é mais conhecido devido o filme e "Perdão" foi lançado a "pouco tempo".. Foi uma surpresa para mim o livro dele!!
      E muito obrigada pelo elogio e pelo comentário.

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