CUIDADO: O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO FILME E DO LIVRO “O PEQUENO PRÍNCIPE”, POIS É UM COMPARATIVO DOS DOIS E O OBJETIVO DELE É RESSALTAR AS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE AMBOS.
O livro "O Pequeno Príncipe", escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, foi publicado pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos. Desde então, tem conquistado corações por várias gerações ao redor do mundo. Se num primeiro momento o livro aparenta ser destinado apenas ao público infantil, basta abrir a primeira página para ver que não existe idade quando o assunto é sobre ler esta obra incrível. Estamos falando do terceiro livro mais traduzido no mundo inteiro! É muito amor, gente! Seja em português, alemão, árabe ou em escocês, os ensinamentos passados pelo principezinho vão muito além de bobagens; São lições de vida, no seu modo mais simples, puro e lindo de se ver. Daí, a grande missão e desafio de transformar uma obra prima dessas em filme. E que desafio!
Em 20 de Agosto de 2015, a nova adaptação para o cinema do clássico chegou as telonas aqui no Brasil. Como uma fã enlouquecida da história, vocês podem imaginar minha emoção, né? Com uma produção inovadora, utilizando técnicas de computação gráfica e stop-motion, o longa prometia levar toda a magia desse clássico mundial para o cinema, preservando aquilo que a história tem de mais importante: Tudo. Será que conseguiram? Bem, assisti o filme e pensando nisso, resolvi criar esse post do "Filme X Livro", onde faço um comparativo entre certos pontos das duas histórias. Aqui, vamos ressaltar alguns pontos importantes como coisas que ficaram faltando, cenas acrescentadas e outros detalhes importantes. É necessário frisar que nem todos os detalhes estarão aqui, então, caso lembre de algum ponto em falta, nos avise nos comentários, ok? Lembrando que ao final de cada um dos pontos eu dou minha opinião sobre o fato abordado. Pois bem, vamos lá!
- A menina e sua mãe
Pois bem, como quem leu o livro bem sabe, a menina, sua mãe e toda essa história que envolve as duas, nada disso realmente existe nos livros. Para o filme, foi criada essa história, de uma menina cuja mãe cria todo um plano de vida pra ela. Estudos, estudos e mais estudos. Nada de diversão. Aiás, diversão é uma coisa desconhecida, para as duas. Toda a vida dela (da menina) é milimetricamente calculada visando seu futuro profissional. A mãe, uma completa neurótica, priva a filha de tudo aquilo que uma criança deveria fazer. Brincar, se divertir, se sujar e por aí vai. Esse acaba sendo o foco do filme, a história da menina. O que, na verdade, me incomoda de certa maneira. Acredito que com isso, um pouco do foco que deveria estar no pequeno príncipe se perdeu. Não que ele tenha sido esquecido, não. Mas talvez ofuscado. E esse é o problema. Não me entendam mal, gostei muito da menina, em como sua história é contextualizada, afinal, quantos pais hoje em dia não controlam excessivamente a vida dos filhos quanto "estudos, Estudos, ES-TU-DOS!", achando que isso é o melhor para eles, mas na verdade os estão privando daquilo que eles deveriam estar vivendo quando crianças? Também achei o máximo em como a história do pequeno príncipe entra em sua vida e a muda gradativamente, trazendo luz e cor a uma existência até então tão "cinza"... mas sinto que o filme ficou um pouco confuso e por vezes sem sentido ao mesclar as duas histórias, da menina e do princepezinho, principalmente na parte final do longa, que você se vê em dúvida se a história do pequeno príncipe é real ou não. Felizmente, o propósito do filme, que é passar os ensinamentos adiante, foi preservado e feito com sucesso.

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