Título original: Warm Bodies
Gênero: Romance
Autor: Isaac Marion
Ano: 2011
Editora: Leya
Nota pessoal: 4/5
Citação favorita: "O céu está azul. A grama, verde. O sol aquece nossa pele. E sorrimos, porque é assim que salvamos o mundo. Não vamos deixar a Terra virar uma tumba, um grande túmulo girando pelo espaço. Vamos nos exumar. Vamos lutar contra a maldição e quebrá-la. Vamos chorar, sangrar, desejar e amar. Vamos curar a morte. Nós seremos a cura. Porque queremos ser."
Personagem Favorito: Não há como ser outro além do R.. Extremamente apaixonante R. me cativou desde o inicio do livro. É muito legal estar na cabeça dele, podendo assim saber como um zumbi pensa (?) e interage com as coisas ao seu redor. Além disso, é legal acompanhar a mudança dele ao longo da história e se envolver com as intermináveis perguntas que rondam sua mente.
Crítica:
Depois de histórias repletas de anjos, vampiros e bruxas, chegou a vez deles, os zumbis.
Li "Sangue Quente" no comecinho deste ano de 2013 e assim que terminei de ler fiz a resenha. Durante os meses que se passaram ela ficou guardada, mas resolvi postar aqui no blog porque é um livro que eu realmente quero que as pessoas conheçam!Fiquei sabendo sobre "Sangue Quente" meio que por acaso, mas ao ler a sinopse do livro, fiquei bem interessada. Na época em que li, a adaptação dele paras as telonas - Meu namorado é um zumbi - estava prestes a estrear, então esse foi outro incentivo para lê-lo. Sempre gostei de livros de ficção e histórias sobre zumbis estão inclusas, mas me surpreendi com o contexto do livro, onde a história é narrada por um morto-vivo. Não, você não leu errado, a história é realmente contada através do ponto de vista de um zumbi. Demais né?
Mas em fim, falando sobre o livro, uma única palavra o define bem: surpreendente. Para quem espera encontrar um romance bobo, onde mais uma vez um personagem místico é ridicularizado, desista de ler. Você não vai encontrar isso em "Sangue quente".
"Sangue quente" é muito mais do que uma historinha de amor entre um zumbi e uma humana.
Achei surpreendente e fascinante a maneira com a qual Isaac Marion deixou uma grande mensagem pra nós, leitores, que é: Como estar vivo em um mundo morto.
"A dor das lágrimas queimam meus olho, mas meus canais não têm mais fluidos para derramar... É a primeira vez que sinto dor desde que morri."
No livro são abordados os dois lados da história, o lado do zumbi e o do humano. Como é pro humano manter a esperança de um futuro pra humanidade em meio a destruição e ao caos, como viver quando já se perdeu a fé e a esperança?
Do lado zumbi, e especificamente o de R, como viver estando morto. Como recuperar aquilo que parece irrecuperável?
Ao longo da história nos perdemos nos pensamentos de R. que começa a reconhecer a falta que a sua antiga vida faz, mesmo que ele não se lembre dela.
"Mas o que me deixa mesmo triste é esquecermos nossos nomes. Isso me parece ser a coisa mais trágica de tudo. Sinto falta do meu e lamento pelos outros, porque gostaria de amar todos, mas não sei quem são eles."
E no meio de todo esse cenário de devastação, tem Julie, uma humana que vive com outros dos seus em um antigo estádio de futebol, que acaba cruzando o caminho de R. e mudando pra sempre a vida dele. Julie mostra a R. algo que ele não vê a muito tempo... Vida.
"Ela é viva e eu sou morto, mas gosto de pensar que ambos somos humanos."
"Tenho pensamentos. Tenho uma espécie de alma, mesmo que seja murcha e impotente. Talvez os outros tenham também. Talvez exista algo que valha ser resgatado."
Não achei o livro ainda, mas já assisti o filme é um dos meus preferidos e a mensagem que ele trás mexe muito comigo.
ResponderExcluirBrilhante Isaac Marion.