28 agosto 2015

Resenha: Champion – Do Caos e Da Lenda Surgirá Um Campeão




Título Original: Champion
Gênero: Distopia
Autor: Marie Lu
Ano: 2014
Editora: Rocco

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Nota pessoal: 5/5

Citação favorita: Como é o último livro... posso escolher duas citações? Posso? Ótimo! haha. 

"Estou apaixonada por ele. Testo essas novas palavras na minha cabeça, impactada e temerosa por tudo o que elas representam. Ele está aqui, ele é real, de carne e osso."

"À minha frente está o garoto que aplicou ataduras nos meus ferimentos nas ruas de Lake, protegeu a família com todos os ossos do corpo, ficou ao meu lado apesar de tudo, o menino iluminado, risonho e cheio e vida, pesar, fúria e paixão, o garoto cujo destino está interligado ao meu para todo o sempre." 

Personagem Favorito: Seria muito injusto da minha parte não citar aqui, mais uma vez, June e Day, personagens maravilhosos que eu aprendi a amar ao longo da leitura da trilogia e dos quais já estou sentindo uma falta absurda. Porém, agora darei destaque a outros dois personagens que merecem demais: Tess e Anden. Ela, pela evolução, o amadurecimento no decorrer da narrativa, pela forma como mostrou que não é simplesmente uma menina meiga que precisa de proteção. Ele, pela postura, destreza, frieza e ao mesmo tempo tato para lidar com situações extremas de crise. 



Crítica:

ATENÇÃO: Essa resenha pode conter spoilers!


Com um desfecho de tirar o fôlego, e com sentimentos conflituantes gerados em nós, leitores, "Champion" encerra de forma maestral os acontecimentos da trilogia escrita por Marie Lu e marca para sempre essa incrível história em nossos corações.


Se eu tivesse que escolher uma única música que pudesse expressar o que eu senti com o término da leitura de "Champion" e assim sucessivamente o término da trilogia "Legend", não poderia escolher nenhuma outra a não ser "Não Aprendi Dizer Adeus", de Leandro & Leonardo. É sério! haha. Deem uma olhada neste verso:


"Não aprendi dizer adeus/ Mas deixo você ir/ Sem lágrimas no olhar/ Se adeus me machucar/ O inverno vai passar/ E apaga a cicatriz"


Sim, este é o sentimento! Apenas não sei como dar adeus... Terminar séries de livros é sempre uma sensação dupla de dever cumprido e de tristeza. Tem a saudade também... E quê saudade! Li a trilogia em um pouco menos de um mês, e já faz um tempo considerável, mas posso garantir que ela vai estar sempre bem viva na minha mente (e coração) pro resto da vida... E esse poder, de marcar de alguma forma a sua vida, só histórias muito especiais tem. Que bom que em meio a tantas, eu encontrei essa! Você pode ler aqui a resenha do primeiro livro, "Legend", e aqui o do segundo livro, "Prodigy".




Depois de passarem por toda falta de sorte possível, parece que as coisas para June e Day finalmente começam a se ajeitar. Após os eventos de "Prodigy", June voltou a ser a menina prodígio da República, conquistando a confiança (e mais algumas coisas) de Anden, que agora, seguro em seu cargo, tenta conduzir o país a uma nova era de tranquilidade e paz. Alçada ao cargo de primeira cidadã (uma entre três candidatos a assumir de fato o posto), uma privilegiada posição no governo, ela vê as peças do quebra cabeça de sua vida finalmente se reencaixando, exceto uma. Day, foi de criminoso mais procurado do país à herói nacional e garoto propaganda do governo de Anden. Mas no fundo, ele sempre será aquele garoto pobre, das ruas, que se vê perdido e não pertence a esse novo meio em que se encontra. Depois de todos os sacrifícios pelos quais passou, ele só quer agora aproveitar a companhia daqueles que ama enquanto é tempo... e tempo é algo que Day sabe que pode não ter muito.  É que ele está com os dias contados: Uma grave doença o aflige e a cura parece ser algo bem distante. Enquanto June está focada em seu novo desafio, Day parece ter tomado a decisão por ambos quando abruptamente se afasta dela. Agora, seguindo rumos diferentes, ambos continuam, cada um a seu modo, fazendo o possível para que a concretização de um acordo de paz com as Colônias, algo que parecia impossível, se torne realidade. E parece que está funcionando, ou ao menos estava. 


"Eu havia esquecido que um garoto de rua jamais poderia estar à altura de uma futura primeira cidadã". Página 39


Logo quando o país parece viver um novo momento, algo grande ameaça por à baixo todos os planos de paz. Um vírus muito poderoso e mortal começa a se espalhar pelo front e invadir o território das colônias, causando um pânico geral e pondo em risco o sessar fogo entre os países, já que a relação entre eles fica estremecida quando as Colônias acusam a República do ocorrido. A ameaça de guerra volta a existir nas cidades fronteiriças. Essa nova praga é a mais perigosa já enfrentada, e June e Day parecem ser as únicas pessoas que têm a solução. Só que muita coisa está em jogo. E talvez eles tenham que fazer mais alguns sacrifícios pelo árduo caminho à frente. Quando a vida de milhares de pessoas está em jogo, você será capaz de abrir mão daquilo que mais ama para um bem maior? Quais os limites que o amor, o egoísmo, a auto preservação e devoção à pátria podem ultrapassar? 

 


Eu não poderia ter ficada mais contente com esse livro. Talvez esse seja o livro que tem mais emoção, em todos os sentidos da palavra. Tem muita cena sentimental, de quebrar e reconstruir o coração inúmeras vezes. Em contra partida também tem muita ação, momentos de tensão e até de certo suspense. Mais uma vez, Marie Lu dividiu muito bem todas essas coisas. Além, é claro, de ter enfatizado isso ainda mais dividindo os capítulos entre os pontos de vista de Day e June, sempre de forme intercalada. O crescimento dos personagens, uma vez mais, é algo notório. O amadurecimento deles em Champion é ainda mais notório. Nesse livro, eles são realmente postos em prova. Seus caráteres, suas lealdades, seus princípios. E dessa vez, eles tem plena noção de que de muitos passos que darão à frente, não poderão voltar atrás. E tudo isso só mostra a grandeza que ambos tem. Os dois são personagens muito complexos, mas ao mesmo tempo tão simples. Ainda à espaço para personagens secundários, que nesse livro continuaram tendo sua devida importância na trama.


Acredito que escrever últimos livros, finais de histórias, deve ser algo muito complicado. Você tem que criar um desfecho, preencher todas as lacunas abertas no decorrer do enredo e dar sentido a todas elas. Além, é claro, de criar algo marcante, um final memorável e digno dos personagens que você criou. É, não me parece nada fácil. Mas por que então Marie Lu faz parecer algo tão natural? É sério, ela fez com que a história fluísse de maneira tão natural... tudo a seu tempo, cada "ponto do i" em seu devido lugar. Nada de pressa, ao contrário, com uma cadência invejável pra qualquer autor. Toda a história é conduzida pelas decisões dos protagonistas, então você nunca sabe o que está por vir, e isso é ótimo! Tudo é uma grande incógnita até que a autora revele o que quer. Palmas pra essa escrita realmente notável. 

Do relacionamento entre Day e June nem tenho muito o que falar. Continua como sempre foi: complicado, verdadeiro, espontâneo e muito real. Os momentos deles em "Champion" são realmente marcantes.


" - Bilhões de pessoas vão nascer e morrer neste mundo - continua ele suavemente -, mas nunca haverá alguém como você." Página 176

E do final, não acho que tenha palavras o suficiente pra expressar minha opinião. Eu adorei! Achei tão diferente mas ao mesmo tempo tão certo pra essa trilogia. Assim que o li, não me agradou, assim como a várias outras pessoas. Mas essa é graça e o diferencial da trilogia, entende? Depois que parei pra pensar, vi que nenhum outro se encaixaria melhor, nenhum outro seria tão Day e June. E esses dois, eu espero reencontrar, seja numa releitura ou quem sabe num novo livro? Seja como for, meu ano de 2015 já valeu à pena só por ler isso... Preparem os lenços, porque lágrimas virão. De alegria ou tristeza? Talvez os dois...

E você, já leu o livro? O que achou? Não deixe de nos contar a sua opinião aqui nos comentários! Isso é muito importante para nós!



"Talvez exista mesmo algo como o destino". Página 300

Marie Lu consagra-se assim como um grande nome da literatura distópica, levando "Legend", "Prodigy" e "Champion" a conquistarem um espaço certo nas prateleiras ao redor do mundo.

Curiosidades:




Marie Lu, autora da trilogia best seller "Legend", escreve romances jovens-adultos, e tem um amor especial por livros distópicos. Antes de se tornar uma escritora em tempo integral, era diretora de arte em uma empresa de jogos. É formada na Universidade do Sul da Califórnia, e atualmente vive em Los Angeles.



Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Resenha chata demais. Foi um grande esforço passar das 5 primeiras linhas, e desistir de ler nas 10ª linha. Muito redundante e superficial.

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    1. Olá Filipe. Bem, obrigada por separar alguns minutos do seu precioso tempo para escrever sobre uma resenha tão pouco qualificada. Volte sempre que desejar. Abraços.

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