Título
original: Forgive me, Leonard Peacock
Gênero: Romance
Autor: Matthew Quick
Ano: 2013
Editora: Intrínseca
Citação
Favorita:
“Primeiro
eles o ignoram, depois riem de você, em seguida lutam com você, e então você
ganha.”
Personagem
favorito: Herr
Silverman. Ele é o tipo de pessoa que faz a diferença, pouco se importando para
as regras e convenções, ele está sempre disposto a ajudar e mostrar que está
ali para o que for preciso. Herr é professor de Leonard e são justamente os
pequenos atos no cotidiano que me fez escolher ele, sempre mantendo contato com
cada um de seus alunos, sendo ele retribuído ou não.
Crítica:
Comprei esse livro na
bienal do livro (RJ – 2013), junto com “O lado bom da vida” do mesmo autor.
Pois ele veio ao Rio de Janeiro nesse evento e eu queria muito o meu
exemplar autografado. Depois de alguns meses que eu tinha os dois livros
autografados e conhecia o autor pessoalmente, fiquei me perguntando: Como assim
nunca li um livro dele? Não podia dizer absolutamente nada além do fato de ele
ser uma pessoa muito simpática. Rsrsrs. E isso estava me incomodando bastante.
Como a Tatiane (aqui do literárias) já tinha lido “O lado bom da vida” e
resenhado, resolvi ler “Perdão, Leonard Peacock”.
E agora posso dizer do
autor e que é o Matthew Quick. Depois de ler “Perdão, Leonard Peacock” e
conversar com pessoas que tinham lido “O lado bom da vida”, ficou muito claro
para mim que o Matthew não é escritor de um livro só. A forma com que ele narra
à história (na voz de Leonard) nos faz a todo o momento acreditar que história
e personagens são reais, além da vontade quase incontrolável de espiar a ultima
página para saber logo qual seria o desfecho da história.
O livro narra à história
de Leonard Peacock um adolescente de 17 anos, que cursa o terceiro ano do
ensino médio e não tem a menor intensão de entrar para faculdade, pois no dia
de seu aniversário ele planeja matar seu ex-melhor amigo e se matar logo em
seguida, livrando o mundo de sua existência.
O livro é triste e
melancólico, o que já é de se esperar devido ao fato que é narrado. Leonard é
um menino triste e solitário, sem amigos e com uma mãe completamente ausente.
Ele tem uma perspectiva cínica e irônica e está sempre preparado para esperar o
pior devido a decepções sofridas durante sua infância, ele guarda segredos
profundos e dolorosos que confesso ter me chocado, pois nunca esperei por isso.
Além de ser pouco carismático, o que me da raiva às vezes. É muito triste vê a
forma em que ele vive, pois eu não consigo me ver sem amigos e isso é
extremamente importante, principalmente para adolescentes. Mas para uma história
como esta. Leonard é o protagonista perfeito, ele é um personagem profundo,
marcante e sensível, com um lado emocional muito bem escrito e desenvolvido.
O livro conta ainda com
algumas notas no rodapé da página bem legais, com coisas que já aconteceram ou
coisas que ele imagina. A história me faz refletir, pois nos mostra em detalhes
do que é capaz a mente humana quando não temos nem ao menos uma família para
nos dar afeto, além de fazer uma dura crítica a sociedade de como é difícil ser
diferente.
“Vocês
todos estão usando mais ou menos o mesmo tipo de roupa. Olhem ao redor e verão
que é verdade. Agora, imagine que você é o único que não usa uma marca legal.
Como isso faz você se sentir? O raio da Nike, as três listras da Adidas, o
jogadorzinho de polo em cima do cavalo, a gaivota da Hollister…”,
Como disse na coluna “Liaté a página 100 e...” desse mesmo livro, alguns capítulos são cartas do
futuro que incentivam Leonard a continuar vivo e a existência dessas cartas são
explicadas na página 102, a explicação de deixou surpresa e feliz, pois não
esperava essa explicação, mas ao mesmo tempo é uma explicação lógica, o que me
deixa feliz, pois torna essa obra ainda mais real.
Curiosidades:
Matthew Quick era
professor na Filadélfia, mas decidiu largar tudo e, depois de conhecer a
Amazônia peruana, viajar pela África Meridional e trilhar o caminho até o fundo
nevado do Grand Canyon, reviu seus valores e, enfim, passou a dedicar todo sue
tempo à escrita. Ele, então, fez MFA em Creative Writing pelo Goddard College e
voltou para a Filadélfia, onde mora com a esposa. As obras de Quick j´pa foram
traduzidas para mais de vinte idiomas e lhe renderam críticas elogiosas e
menções honrosas importantes, entre as quais a do PEN/Hemingway Award. O lado bom da vida foi adaptado para o
cinema e premiado com um Oscar em 2013.
Ah,estou ainda mais empolgada para ler ♥ gosto muito do estilo melancólico hehe
ResponderExcluirquem me dera ter um autografo *o*
beijos
http://imemoriavel.blogspot.com.br/
Eu gostei bastante desse livro e me surpreendi positivamente... E o autógrafo foi relativamente tranquilo de conseguir porque 90% das pessoas ficaram na confusão para conseguir entrar para o Nicholas Sparks, mas como eu tinha desistido fui para fila da intrínseca e eles distribuíram antes... E na sorte consegui o autógrafo dos dois!! :D
ExcluirHullo!
ResponderExcluirAi, parabéns por você ter conseguido conhecer/receber o autógrafo do Quick.
Eu já conhecia as resenhas de O Lado bom da Vida, mas nunca tinha lido nada sobre Perdão, Leonard Peacock. E estou bem mais instruída sobre ele , e agora pretendo lê-lo. Ótima crítica.
Beijos
http://leituraassidua.blogspot.com
Conhecer ele foi bem legal!
ExcluirRealmente, o lado bom da vida é mais conhecido devido o filme e "Perdão" foi lançado a "pouco tempo".. Foi uma surpresa para mim o livro dele!!
E muito obrigada pelo elogio e pelo comentário.